terça-feira, 11 de junho de 2019

Fornalha - Gordurinha (Um espetáculo - 1963)

A minha dor é tão grande
Não dá pra cantar num baião
Quem não acredita, eu já sei
Que não sabe o que é Sertão

Se eu pudesse fechar a comporta do meu peito
Não havia um açude maior que o meu coração
Que cachoeira, que queda d'água
O meu pranto nasce da mágoa
E despeja nas águas do mar da ilusão


Eu não creio que o céu tá vazio
E Deus não escute
Minha prece rezada com fome, joelho no chão
O sol é quente, a dor espalha
E a terra é agora fornalha
Onde o ódio trabalha plantando aflição.

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